Homilia


Hoje a Palavra de Deus fez-me meditar sobre que fé temos ou quanta fé temos!
Pelo facto de sermos Igreja ou virmos à Igreja é porque temos fé, ou fomos ensinados assim, ou temos de cumprir o dever, como já ouvi.
Ter fé que Deus existe é muito pouco.
Ter fé que Jesus morreu e ressuscitou continua a ser muito pouco.
Os Apóstolos pediam a Jesus: "Aumenta a nossa fé!" Para mim só há verdadeira fé quando há verdadeira conversão (mudança) por causa dessa fé!
1. Vamos à Missa semanalmente? Domingo? Comungamos?
2. Pegamos na Bíblia alguma vez para meditar? Ou conseguimos fazê-lo todos os dias?
3. Confessamo-nos com assiduidade? Uma vez no mês?
4. Rezamos o Terço? E o Rosário conseguimos?
5. Jejuamos alguma vez? E uma ou duas vezes na semana pela paz no mundo e conversão dos pecadores?
E quando aparece o sofrimento, conseguimos sofrer pelo que aprendemos do Evangelho?
Conseguimos rezar com alegria e amor, ou rezar porque faz bem à consciência?
A vida dos sacramentos com Jesus, a procura da conversão traz-me paz e alegria? Porque estes são os pontos de conversão: "Deus deu-nos um Espírito de Fortaleza e Caridade, não de timidez para o conseguir".
Procuro fazer gestos de amor, mesmo que com sacrifício?
Para mim, os que tinham verdadeira fé, foram os santos. Deus chama-nos à Santidade pois só esse pode provocar mais profunda, sincera e sentida conversão.
Procurar a vontade de Deus, perguntar-lhe, confiar-lhe, entregar-lhe sem bases humanas racionais, como quem entrega a vida sem reservas, cegamente.
Pessoas que se deixaram envolver, tocar, preencher pelo amor de Deus que o viveram e transmitiram de todas as formas.
Rejeito-me a ser "servo inútil", Deus também gosta de nos espiquesar, "provocar" no bom sentido para nos despertar, fazer erguer e descobrirmos para que sentido fomos criados.
Quem conseguiria ter fé a ponto de transportar uma árvore só com o mandato da palavra, a vontade de coração e a fé divina?
Se calhar ninguém, por isso Deus desafia e põe a escala muito alta para não nos sentirmos conquistadores já; ou porventura nunca para sermos sempre humildes e amáveis, livres como as aves do céu.
Jesus parece dizer-nos que servimos pouco e mal: Porventura queremos que Deus nos sirva! O serviço liberta, purifica, dignifica. O servo dos servos foi Jesus que serviu até à morte. A nosso morte também pode acontecer todos os dias pois deixando a casa, a família, o conforto para nos dedicarmos aos outros ou à comunidade é uma morte para o eu, o que mais quero, mas é uma entrega mesmo em cruz para os outros. Isto é dar a vida e dá-la a conhecer. A vida em abundância e plenitude é feita pelo NÓS, não pelo EU!
JESUS, AJUDA-ME A SER SERVO COMO O FOI TEU CORAÇÃO!!!

Homilia Pe Vítor Sousa, XXVII Domingo Comum

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