Domingo de Ramos



Bendito o que vem em nome do Senhor!
A liturgia de hoje, Domingo de Ramos, abre as celebrações pascais. Encontramo-nos perante uma como que antecipação da Paixão e Morte de Jesus, em que participaremos a partir de Quinta-Feira, dentro do Tríduo Pascal. Ao longo destas cinco semanas de Quaresma que ficaram para trás, preparámo-nos para acolher no coração e na vida o grande mistério da fé cristã, através do jejum, da caridade e da penitência. Procurámos reconciliar-nos com o Senhor, de forma a, obtida a alegria do perdão, saborearmos mais intensa e conscientemente esta Semana Santa. Hoje, somos convidados a escutar a narrativa da dolorosa Paixão,
que responde à grande interrogação do Evangelho: quem é Jesus? É portanto neste domingo que também a nós se propõe que nos pronunciemos a favor de Jesus com verdade
e franqueza, se não queremos juntar a nossa voz à da multidão que gritava “Cucifica-O”. Estamos dispostos a percorrer com Cristo o mesmo caminho do amor e de entrega?

V Domingo da Quaresma



Nesta quaresma fomos chamados para a conversão, misericórdia e perdão.
Frente à figueira, que não dava fruto, Jesus fez-nos um apelo à conversão, isto é, desafiou-nos à mudança da nossa mente, da nossa vida e do nosso coração!
Na parábola do passado domingo, Jesus mostrou-nos a alegria do Pai, que padece e se compadece, do Pai que sofre e depois se alegra pelo regresso de cada filho ao seu coração.
Hoje, nunca espécie de parábola ao vivo, Jesus desafia-nos ao perdão, em vez da fria crueza da nossa condenação.
Eis, portanto, três palavras, três atitudes, para uma quaresma de compaixão: conversão, misericórdia, perdão.
Pedra - Mais uma vez na Quaresma surge a pedra como sinal de pecado. Um caminho pedrejoso obriga-nos a caminhar com cuidado. É dificil caminhar com uma pedra no sapato ...
Cristo é posto à prova, no caso da mulher pecadora e perante a atitude dos fariseus opta pela salvação e não a condenação.
"Quem não tiver pecados, atire a 1ª pedra"
Jornal - Todos os dias nos jornais surgem notícias de morte, de roubo, de crime, que nnos levam a emitir os nossos juizos de condenação, tendo em conta as leis que conhecemos. Mas a justiça dos homens é diferente da de Deus.
Cristo não condena a mulher pecadora, mas os seus actos e incentiva-a a mudar.
"Vai e não tornes a pecar"
Flores - São um símbolo do começo da Primavera, do renascer da vida. Cristo morreu e viveu de novo, assim como o ciclo de vida das plantas e das flores.
Nesta recta final da Quaresma aproximamo-nos a passos longos da Ressurreição de Cristo.
Cantemos um hino à Vida!
Ofertas - Neste domingo as nossas ofertas destinam-se à Cáritas Diocesana, para que este espírito da Quaresma, continue a ajudar as causas dificeis catástrofes como a que há poucos dias surgiram na Madeira.

III Domingo da Quaresma

Jesus ensina-nos a ler a vida à luz da Palavra de Deus. Escutar a voz de Deus nos acontecimentos da história. Viver a vida com a vontade constante de dar. De dar bons frutos. A videira e a figueira representam na Bíblia, frequentemente, o povo de Israel. E se o povo de Deus não der bom fruto (ou se não der fruto) precisa de se transformar, da mudança, da vida nova. Um povo redimido por Cristo deve edificar com a sua vida um Reino que dê frutos de verdade, de justiça e de paz, de liberdade de vida e esperança. Neste tempo de Quaresma o mesmo é pedido a cada cristão. A cada um de nós. Porque pelos frutos, seremos também nós reconhecidos.



Haste da Figueira - A figueira estéril, que não dá fruto. O vinhateiro pede ao Senhor da vinha mais um ano de espera. Assim como este ramo, sem estar unido à figueira, acabará por secar. Também nós, somos chamados a ser unidos, a confiar nos nossos irmãos e em comunhão com Deus para que possamos dar bons frutos.
Tesoura de Podar - Simboliza o esforço, o arrependimento, a conversão. Lembra-nos que devemos cortar em nossas vidas aquilo que nos impede de avançar no caminho do bem, para que possa brutar novos ramos ou abundantes frutos de justiça, caridade, amor e perdão.

Adubo - É uma ajuda no trato e cuidado à reabilitação das plantas. Como o vinhateiro, somos convidados a cuidar dos que nos rodeiam, exercitando a nossa confiança e sabendo esperar.